quinta-feira, 14 de abril de 2011

O poder do microcrédito

Não é preciso muito dinheiro para transformar a vida de uma pessoa, ou até de uma comunidade. Essa é a ideia por trás do microcrédito, termo cunhado nos anos 1970 por Muhammad Yunus, fundador do Grameen Bank, de Bangladesh, para designar o crédito concedido a pessoas de baixa renda, que não teriam acesso às formas tradicionais de financiamento. A ideia em si é antiga - os primeiros registros são de 1846, quando um pastor da Alemanha cedeu farinha para que as pessoas fabricassem pão e assim se livrassem das dívidas com agiotas. Mas foi com Yunus que a ideia ganhou corpo e passou a mudar a realidade de milhões de pessoas. Em 1976, ele começou a fazer empréstimos de pequeno valor para produtores rurais, no início, tirando o dinheiro do próprio bolso. Assim surgiu o Grameen Bank. Uma característica do sistema desenvolvido por ele é o sistema de grupo solidário, em que um conjunto de pessoas pega juntas o empréstimo e cada uma é fiadora das outras.

O agente de microcrédito também é importante: ele é quem irá até a casa das pessoas para conhecê-las e decidir se o crédito é liberado. Os agentes passam a conhecer bem e acabam ficando amigos das pessoas que solicitam os empréstimos. Essa relação mais próxima quebra a impessoalidade dos bancos normais e ajuda a fazer o sistema dar certo: no Grameen Bank, a taxa de pagamento dos empréstimos beira os 99%. No Brasil, um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas com 175 empreendedores de Heliópolis mostrou que os que tinham recebido microcrédito tiveram suas vendas aumentadas em 60%.

Leia a reportagem na íntegra no Planeta Sustentável

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