sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

SP tem 420 áreas de risco. Escapam só 5 subprefeituras

Ficam de fora apenas Sé, Pinheiros, Vila Mariana, Santo Amaro e Mooca; estudo do IPT deve nortear as políticas municipais

A cidade de São Paulo tem hoje mapeadas cerca de 420 áreas de risco geológico, espalhadas em 26 das 31 subprefeituras - só estão de fora desse grupo Sé, Pinheiros, Vila Mariana, Santo Amaro e Mooca. São esses os primeiros dados surgidos a partir do mapeamento encomendado pela Prefeitura ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

O trabalho, em fase final de elaboração, começou a ser feito há um ano. Nesse período, uma equipe formada por quatro geólogos e geógrafos do Laboratório de Riscos Ambientais do IPT percorreu favelas, encostas e margens de córregos para inspecionar a condição dos terrenos. As áreas foram classificadas em quatro níveis - muito alto, alto, médio e baixo -, de acordo com o risco de escorregamento. Com cerca de 10 mil páginas, esse é o mais amplo relatório sobre áreas de risco já produzido no País.

Cada subprefeitura terá o seu mapeamento. Das 26 vistoriadas, 17 já receberam os relatórios finais, incluindo a da Penha, distrito onde anteontem um deslizamento de terra destruiu 20 residências e levou à interdição de outros 25 imóveis. O local havia sido classificado pelos técnicos como de "alto" risco de escorregamento, por causa da inclinação do talude. Os últimos oito relatórios serão entregues à Secretaria de Coordenação das Subprefeituras até o dia 16.

Dois critérios básicos foram usados na escolha das áreas a serem esquadrinhadas: o histórico de ocorrências e o potencial de deslizamentos. Antes de sair a campo, a equipe do Laboratório de Riscos Ambientais se reuniu com geólogos e agentes da Defesa Civil de cada subprefeitura. Antigas áreas de risco, incluindo aquelas que nos últimos anos passaram por obras para eliminar ou reduzir os riscos, foram revisitadas. Novas também acabaram incluídas.

O fato de o mapeamento estar restringido a 420 pontos não significa que a capital tenha apenas esse número de áreas de risco. Esse foi o universo indicado pelos técnicos da Prefeitura como prioritário. Acredita-se, contudo, que o trabalho tenha coberto parcela significativa das áreas de risco existentes na capital.

Leia a reportagem na íntegra no Estadão

Nenhum comentário:

Postar um comentário