terça-feira, 25 de maio de 2010

Projeto Rondon: um conhecimento humanista do Brasil











“O que me resta é contar a experiência para as pessoas e assim não deixar que ela morra no meu coração”. Esta é a declaração do aluno Rafael Felix Pevelini, estudante do segundo ano de Pedagogia e um dos participantes do Projeto Rondon.

Criado pelo Ministério da Defesa em parceria com a Secretaria de Educação do Ensino Superior do Ministério da Educação, a ação levou estudantes e professores de diversas instituições de ensino até o município de Capela, interior de Alagoas, por cerca de duas semanas, com o objetivo era transmitir conhecimentos para a população nos mais variados temas.

A Universidade Metodista de São Paulo foi uma das participantes deste projeto de extensão, que existe desde 1964, e existiu até 1989. Nessa época, o famoso Projeto Rondon tinha uma visão ainda totalmente voltada para o assistencialismo, o que mudou em 2005, quando foi retomado pelo Ministério da Defesa e completamente reformulado. O foco passou a ser a sustentabilidade e a difusão das informações.

Um dos docentes da Metodista que participaram, foi o professor do curso de Biomedicina, Victor Bigoli. “Sou um defensor dos projetos em comunidades carentes e tenho certeza de que uma ação como essa faz o aluno valorizar ainda mais o ser humano”, afirma.

O estudante Rafael Felix foi um dos que presenciou o quanto é essencial se inserir nessas iniciativas. “Sempre participei de projetos sociais e formativos e apostei que o Projeto Rondon seria uma aventura peculiar e importante tanto pro meu currículo acadêmico, como pra minha vida”, revela.

O professor Oswaldo de Oliveira Santos Junior, do Núcleo de Formação Cidadã (NFC) também esteve presente e ressalta essa importância: “saímos de lá com uma quantidade de informações para toda a vida e com um valor humano inestimável. Foram dias de aulas de cidadania que valem para sempre”.


A viagem
Nesses 15 dias no município de Capela, os banhos foram frios, a viagem foi feita em um avião da Força Aérea Brasileira e o trabalho começava bem cedo e só terminava após as 23 horas.

Tudo isso passou despercebido pelos rondonistas, principalmente pelo aluno Rafael, que revelou que a maior dificuldade encontrada foi o momento de ir embora. “A sensação que fica é que se fez menos de 1% do que realmente aquela comunidade precisa”, conta.

Já para a aluna do curso de Biomedicina, Flávia Gobetti, ter contato com um cenário totalmente adverso a fez enxergar uma dura realidade: “aprendi a dar valor às coisas mais simples da vida e principalmente, a nunca perder a esperança”, revela.

Essa esperança, por ela citada, está em um dos principais itens que os rondonistas levaram para aquelas pessoas: “demos um pouco de conhecimento, esperança e principalmente carinho para aquelas crianças. Tenho certeza que isso ficará marcado para elas, como ficou marcado para mim cada sorriso que ganhei como retribuição”, completa Flávia.

Julho

A metodista foi classificada com três projetos para a edição do Projeto Rondon que acontece de 9 de julho a 1º de agosto, nos estados de Pernambuco,Maranhão e Rondônia. Os interessados em participar devem encaminhar email para cidadania@metodista.br até o dia 1º de junho com os seguintes dados: nome, data de nascimento, curso, semestre que está cursando, contatos telefônicos e de email e responder a pergunta: porque você deseja participar e de que forma você seria a sua contribuição em um projeto como este?A seleção será feita respeitando a proposta de multidisciplinaridade exigida pela iniciativa. Mais informações em www.metodista.br
A Universidade também estará presente no projeto no Vale do Ribeira, no qual os alunos da Faculdade de Saúde atuarão nas comunidades quilombolas

Fonte: Jornal da Metodista
Por: Nalim Garzesi

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