quinta-feira, 19 de maio de 2011

Satélites registram aumento de mais de 5 vezes no desmate da Amazônia

O ritmo de desmatamento na Amazônia mais que quintuplicou no bimestre março-abril (alta de 473%), em comparação com o mesmo período de 2010. Os satélites de detecção em tempo real do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mais rápidos e menos precisos, registraram o corte de 593 km² de florestas, extensão equivalente a mais da terça parte da cidade de São Paulo.

Faltando três meses para o fim da coleta de dados da taxa anual de desmate, os números do Inpe sugerem interrupção na tendência de queda no abate de árvores registrada nos dois últimos anos. E foram anunciados ontem com a reação do governo: "A ordem é reduzir até julho, não queremos aumento da taxa anual do desmatamento", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

A ministra coordenará as ações de um gabinete de crise para conter o desmatamento. "Sufocar" a ação dos desmatadores foi o verbo usado ontem por Izabella e pelo ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. A reação do governo conta com mais de 500 fiscais em campo só em Mato Grosso, Estado que registrou o maior avanço das motosserras - 80% do total.

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), 37 mil hectares de terras foram embargados para a produção pelos fiscais. Isso representa mais de nove vezes a área embargada no ano anterior.

O desafio é grande. Os três últimos meses são os que tradicionalmente registram o maior volume de desmate, porque coincide com a seca na região. Nos primeiros nove meses da nova taxa anual, o desmatamento aumentou 27% em relação ao mesmo período de 2010.

Leia a reportagem na íntegra no Estadão

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