terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Leis não evitam descarte ilegal de entulho em SP

Legislação que aumentou multa para quem jogar lixo na rua não acabou com pontos viciados; especialistas criticam fiscalização da Prefeitura

O excesso de lixo deixado nas ruas da capital é apontado por ambientalistas e engenheiros como uma das causas das enchentes na cidade. Garrafas plásticas, entulho e outros detritos são arrastados pela água das chuvas até córregos, rios e piscinões, onde contribuem para diminuir a vazão dos cursos de água. Nos últimos três anos, duas leis passaram a vigorar com o objetivo de tentar evitar que tanto lixo vá para os rios. A falta de fiscalização permanente e brechas nos textos, porém, impedem o cumprimento da legislação.

A Lei 15.244, de 2010, aumentou de R$ 500 para R$ 12 mil a multa para quem deixa entulho na calçada. Não conseguiu, no entanto, inibir a ação de pessoas que largam no passeio tudo o que não querem mais. "Se a Prefeitura recolhe o lixo da calçada de manhã, à tarde aparecem sofá, mesa e entulho de novo", afirmou o motorista autônomo Denilson Bonassi, de 37 anos, sobre a Rua Calixto de Almeida, na Freguesia do Ó, zona norte, perto de sua casa. Quando chove, tudo boia e desce a ladeira.

Para especialistas, só aumentar a multa não resolve o problema. "É claro que a multa de valor alto inibe as pessoas. Mas o problema está na efetividade da fiscalização. Ela tem de ocorrer todos os dias. Hoje as pessoas ainda não sentem medo de serem pegas, como ocorre, por exemplo, com radares de trânsito", explica Carlos Silva Filho, diretor executivo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Leia na íntegra no Estadão

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