segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Baeta é o bairro de São Bernardo que mais registra casos de dengue

Foram 32 contaminações das 86 ocorrências da doença na cidade

Com a chegada do verão e as chuvas típicas dessa estação, a atenção com a dengue deve ser redobrada. O clima quente e a água parada são ideais para proliferação do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.

Segundo o Ministério da Saúde, houve um aumento de cerca de 90% nos casos de morte por dengue no Brasil, no período de janeiro a outubro de 2010. Em São Bernardo, foram registrados 86 casos autóctones (contaminação que acontece sem o indivíduo sair da cidade), segundo dados da prefeitura.

O bairro que apresentou mais casos foi o Baeta Neves, com 32 das 86 ocorrências. A cidade apresentou 963 focos de dengue (casos em que são encontradas larvas de mosquito) em água parada.

O Baeta é um bairro que está em estado de atenção. Uma equipe de 11 agentes de controle de vetores realiza trabalho de prevenção e conscientização no bairro desde a segunda quinzena de novembro. Além disso, cada UBS (Unidade Básica de Saúde) conta com um agente de combate à dengue que passa orientações aos agentes de saúde locais.

Segundo o coordenador dos agentes de controle de vetores, Ronaldo Novaes, a intenção da ação é minimizar os casos de dengue na cidade. “Nossa cobertura é casa por casa, quarteirão por quarteirão, justamente para localizar cada foco”, contou.

De acordo com a agente Talita Bandeira Silveira, as irregularidades mais frequentes são caixas d’águas abertas, materiais descartáveis, lixos espalhados pelos quintais e pratinhos de plantas com água parada. “Nós encontramos larvas, mas o número de irregularidades sem focos de dengue é maior”, disse.

A aposentada Mari Carneiro da Silva considera importante a ação dos agentes de controle de vetores. “É bom porque evita a doença. A dengue mata então, eu procuro acatar as orientações dos agentes e manter a casa em ordem, sem acúmulo de água parada”, disse.

Não são todos os moradores que compreendem o trabalho dos agentes. “Há bastante resistência, uma boa parcela da população não deixa a equipe entrar nas residências”, conta Talita.Caso haja resistência do proprietário do imóvel, ou o espaço esteja fechado ou abandonado, a prefeitura notifica a Justiça que emite um mandato para que a equipe de controle à dengue fiscalize o local.

A doença - A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa, e sim por meio da fêmea do mosquito Aedes aegypti. A transmissão se dá depois que o mosquito pica uma pessoa contaminada e passa a doença para outra.O inseto é menor que o pernilongo e é preto com listras brancas no dorso, na cabeça e nas pernas. O hábito deste mosquito é picar durante o dia.

A pessoa que tem dengue apresenta sintomas como febre, dor nos olhos, moleza, manchas pelo corpo, dores na cabeça, juntas e músculos. Caso haja suspeita de dengue, o indivíduo deve procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima.

Para prevenir a proliferação do Aedes aegypti, não se deve acumular água parada em recipientes. Tampar bem a caixa d’água, cobrir os pneus, guardar garrafas e vasilhames virados para baixo, trocar água dos animais de estimação com frequência e retirar a água de pratos de vasos também são ações preventivas. Além disso, duas colheres de água sanitária em ralos e calhas evitam a reprodução dos insetos.

Disque dengue
Caso o morador de São Bernardo queira denunciar um possível foco de dengue, deve entrar em contato com a prefeitura pelo “Disque Dengue” por meio do telefone: 0800-195565, das 8h às 17h.

Notícia publicada no RROnline

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