sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Nova chance ao móvel antigo












Pensar sobre o que você realmente precisa é um dos passos rumo ao consumo consciente. Por isso, antes de jogar fora aquele móvel velho, por que não recuperá-lo?

1- CLÁSSICO RECUPERADO
O sofá chesterfield estava no meio da rua, abandonado sob uma árvore no bairro Vila Madalena, em São Paulo. Deu a sorte de ser visto pela editora visual Zizi Carderari, que, inconformada com o descaso, não hesitou. "Pedi ao motorista que o levasse ao estúdio do fotógrafo e fui atrás de um estofador para reformá-lo", conta. Fim da história? Não, apenas o começo. Para afiná-lo ainda mais com os princípios da reciclagem, Zizi o revestiu com 16 m de um algodão produzido com retalhos da indústria de malharia de Blumenau, SC, da Eurofios (por R$ 32 o metro, na Aladim). Ao tapeceiro da Pérola Negra coube a troca das molas, das espumas e dos pés, além da reaplicação do capitonê (mão de obra por R$ 1 800). Preço final: R$ 2 312.
Veja como ficou

2 - GAVETEIRO ESPELHADO
Empilhado em meio a outras peças à venda na Fred Móveis, o criado-mudo dos anos 50 (50 x 34 cm e 50 cm de altura) tinha ar desgastado e um puxador quebrado. "Pedi a eles que refizessem o puxador, lixassem a madeira para remover o verniz e providenciassem a colagem dos espelhos", detalha a decoradora Maristela Gorayeb. Todo esse trabalho de transformação custou cerca de R$ 200.
Veja como ficou

3 - CADEIRA VERSÁTIL
Conhecida como Dinamarquesa, a cadeira assinada por Arne Jacobsen (1902-1971) é um dos xodós da proprietária e designer Renata Costa. Comprada na feira da praça Benedito Calixto, em São Paulo, a peça antes forrada escondia seu segredo: era uma original da série sete, desenhada pelo arquiteto em 1955. "Descobri quando tirei o tecido para levá-la para o quarto como mesinha de apoio", conta. Para a nova pintura, a designer de interiores Antonia Mendes sugeriu um tom suave. "Este azul é ideal para ambientes onde se quer estimular o sossego", ensina. Feito pela Mambo Design, o trabalho de laqueação custou R$ 310.
Veja como ficou

RESGATE DO PASSADO
O trabalho da decoradora Maristela Gorayeb sempre esteve atrelado à recuperação de móveis. "As peças antigas guardam emoções. Além de reciclá-las, você evita o corte de novas árvores", diz.

Maristela dá algumas dicas:
• Se a loja não oferece o serviço de reforma, peça indicação de mão de obra.
• Brinque de mudar a função dos móveis. Um criado-mudo, por exemplo, fica ótimo como mesa de apoio na sala de estar.

ESSA OPÇÃO GERA ECONOMIA?
Nem sempre os móveis de brechó são baratos, principalmente as peças de época. Mas, às vezes, nem é preciso gastar: tente olhar de um jeito novo para as suas heranças de família. Puxadores diferentes ou uma nova pintura fazem diferença.

ONDE COMPRAR?
Além de antiquários, vou a demolidoras, feiras livres e entidades, como as Casas André Luiz.

ONDE DOAR
Nestas instituições, você pode doar aquele móvel que não quer mais ou mesmo comprar peças usadas, em geral por bons preços.

Lar Escola São Francisco.
Unibes.
Fundação Dorina Nowill.
Bazar Hope.
Casas André Luiz.
Cor da Rua.

Fonte: Planeta Sustentável

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