quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Queimadas poluem mais que fábricas no Brasil

Brasil teve 117.453 focos de incêndio, a região mais afetada foi a região Norte, com 47.366





Ao contrário de outros países, no Brasil a maior parte das emissões de carbono vem das queimadas. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em torno de 75% de todo co2 presente na atmosfera é lançado através desse processo.

Grande parte das queimadas é feita pelos pequenos agricultores, que tem nessa prática a solução para preparar o terreno para plantio. O modo correto seria a utilização de maquinário especializado, mas para a realidade desses fazendeiros as queimadas são as únicas alternativas.

Esse processo é muito utilizado também nas plantações de cana-de-açúcar, para facilitar a colheita, pois com isso são retirados os espinhos e os trabalhadores conseguem ter um melhor desempenho.

Dentro do senso comum essas práticas têm como único ponto negativo a emissão de gases que contribuem com o efeito estufa. Mas não é verdade, as queimadas trazem um benefício imediato ao solo, mas a médio e longo prazo o terreno começa a perder muitos nutrientes, podendo se tornar improdutivo.
Outro fator que torna as queimadas prejudiciais é que elas dificilmente agem apenas no local de origem. A propagação desses incêndios podem ter consequências muito sérias.

Não sãos apenas os agricultores que são responsáveis por esse grande mal. O problema das queimadas vai além a agricultura e entra no campo da educação ambiental. Não há dados corretos de nenhum órgão brasileiro, mas estima-se que 90% dos incêndios tenha o mesmo ponto de origem, o homem.
As bitucas de cigarro jogadas irresponsavelmente dos carros nas estradas causam centenas de focas de incêndio todo ano.

Esses números crescem ainda mais quando estamos no período de seca, que engloba os meses de maio a dezembro.

Tanto no caso dos agricultores como dos motoristas, pode-se perceber que o principal fator é a falta de consciência ambiental. André Luiz de Paiva, 18 anos, estudante de Administração da Universidade Federal de Viçosa, trabalha com assuntos relacionados a educação ambiental e afirma que o conhecimento dessas questões é muito importante quando fala-se em preservar o meio ambiente.

Legenda e crédito da foto: As regiões em marron mostram as áreas mais propícias à incêndios (CPTEC)

Leia na íntegra

Fonte: Atitude Sustentável

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