terça-feira, 8 de junho de 2010

Supermercados se antecipam à proibição das descartáveis


Supermercados se antecipam à proibição das descartáveis
Por enquanto, os estabelecimentos comerciais brasileiros não estão proibidos de distribuir sacolas descartáveis aos consumidores. Mas, atentos a série de leis que vêm surgindo em todo o país, referentes ao tema, grandes redes de supermercados já estão implantando programas que incentivam a redução no uso desse tipo de sacola

Para banir ou, pelo menos, inibir o uso das sacolas descartáveis no país, alguns municípios e Estados brasileiros estão implantando leis para sua distribuição nos estabelecimentos comerciais (saiba mais na reportagem A lei a favor da redução de sacolas descartáveis). No entanto, essas leis são muito recentes e, por isso, ainda não possuem caráter proibitivo, o que significa que, por enquanto, os estabelecimentos comerciais não são obrigados a aderir às medidas legais e têm prazos – que variam, de acordo com a região onde atuam – para se adaptar à nova legislação referentes ao tema.

Ainda assim, três grandes redes varejistas do país – Carrefour, Pão de Açúcar e Walmart – se anteciparam a proibição legal e estão promovendo iniciativas que visam incentivar o consumidor e os próprios funcionários dos supermercados a reduzir a quantidade de sacolinhas descartáveis utilizadas diariamente.

O grupo Carrefour Brasil – que é responsável pelas lojas Carrefour, Dia e Atacadão –, está realizando, periodicamente, fóruns e palestras sobre o impacto das sacolas plásticas no meio ambiente, para o público em geral. Para enfatizar a conscientização, a rede ainda oferece aos seus clientes algumas opções de embalagens sustentáveis para transportar os produtos comprados no supermercado, como caixas de papelão gratuitas e sacolas retornáveis, que custam de R$ 1,90 a R$ 15. Além disso, para os consumidores que estão habituados a usar as sacolas para forrar o lixo em casa, o grupo está produzindo um saco feito de plástico reciclado, que será vendido nas lojas da empresa.

Na rede Carrefour Brasil, essas ações de incentivo à redução do uso de sacolas descartáveis fazem parte de um programa maior do grupo, que pretende abolir os sacos plásticos de todas as suas lojas até o ano de 2014. A extinção será feita gradualmente e teve início na cidade paulista de Piracicaba, onde todos os estabelecimentos da rede já deixaram de distribuir sacolas plásticas aos consumidores.

Já o grupo Pão de Açúcar – que representa as lojas Pão de Açúcar, Extra, Compre Bem, Sendas, Assai e Ponto Frio –, oferece opções de embalagens sustentáveis aos clientes, como caixas de papelão, sacolas de papel e ecobags, além de promover o Programa Mais, que premia os consumidores que recusam sacolas plásticas.

A iniciativa funciona da seguinte maneira: as pessoas que aderem ao programa se tornam “Clientes Mais” e passam a acumular pontos na hora das compras. A cada R$ 1 gasto, o consumidor ganha 1 ponto e ao utilizar sacolas retornáveis para levar os produtos para casa, ganha mais 5. Quando acumular 3 mil pontos, recebe um vale-compras de R$ 20. Por enquanto, a ação foi implantada no Estado de São Paulo e nas cidades de Curitiba, Rio de Janeiro, João Pessoa e Recife. Segundo a rede Pão de Açúcar, em julho o programa será estendido para Fortaleza, Teresina, Brasília e Goiânia.

Por fim, a rede Walmart – que é responsável pelas lojas Walmart, Big, Hiper Supermercados, Bom Preço, Mercadorama, Nacional, Todo Dia, Maxi e Sam’s Club – promove o programa “Cliente Consciente Merece Desconto”, que oferece abatimentos de R$ 0,03 no valor final das compras, para cada sacola descartável rejeitada nas lojas das regiões nordeste, sul, sudeste e centro-oeste do Brasil.

Para aqueles que forem aos supermercados da rede sem embalagens sustentáveis para carregar suas compras, o grupo Walmart oferece ecobags feitas de algodão cru, que custam R$ 2,50. Segundo a rede varejista, até o final de julho todas as unidades do Walmart do Brasil irão aderir ao programa e, ainda, ganharão um caixa preferencial para os clientes que não utilizam sacolas plásticas na hora das compras.

Fonte:Planeta Sustentável

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