quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A cada três dias, um jovem é diagnosticado com aids

A cada três dias, o Hospital Estadual Emílio Ribas, referência no atendimento a portadores de HIV na capital, diagnostica um jovem com aids. E, a partir de hoje, com a inauguração de um novo ambulatório pela instituição, sua capacidade de atendimento deve crescer 67%, passando de 3 mil para 5 mil consultas mensais. “Temos percebido na prática clínica o quanto tem aumentado os casos de HIV entre os jovens e o quanto o perfil do doente se modificou”, analisa o infectologista David Uip, diretor do hospital, ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

Ao falar sobre o perfil etário dos pacientes, o médico se refere a jovens com idade entre 15 e 24 anos. “São pessoas bem afeiçoadas, jovens bonitos, fortes, aparentemente esclarecidos. Mas parece que nossos jovens esclarecidos pensam que não vão morrer de aids e se arriscam mais”, diz Uip. Também hoje, Dia Mundial de Combate à aids, o Emílio Ribas promove um alerta sobre a doença voltado justamente para a faixa jovem, na casa noturna Villa Country, na zona oeste. A ação faz parte da campanha ‘Aids: ela não perde uma balada’ e já esteve em casas noturnas como: D-Edge, Love Story, Bubu Longe, Santa Aldeia, Canto da Ema e Mary Pop.

Cartazes e adesivos serão afixados banheiros femininos e masculinos da casa noturna. Os porta-vozes da campanha são jovens modelos, homens e mulheres – uma tentativa de promover a ideia de que a aids não esta relacionada à aparência física ou aspecto saudável do indivíduo. No uniforme dos modelos, a mensagem: “Cuidado com aquilo que deseja… A aids esta na pista!”

Ainda com foco no público jovem, o novo ambulatório do Emílio Ribas terá uma central para de testes rápidos de HIV, com resultados em 15 minutos – antes, muitos pacientes demoravam cerca de duas semanas para a retirar o exame. “Qualquer pessoa que vem fazer o teste de HIV fica aflita, por isso tem de haver um acolhimento da nossa parte. E, caso o resultado dê positivo, a atenção deve ser ainda maior. Precisamos encaminhar e acompanhar esse paciente. Daí a importância de um atendimento multidisciplinar”, avalia Uip.

Ainda que portadores de hepatites e outras doenças infectocontagiosas sejam atendidos pelo Emílio Ribas, 70% dos pacientes está ali para tratar o HIV. Por isso, o novo ambulatório, que custou cerca de R$ 6 milhões, entre reforma e aquisição de equipamentos, priorizou uma estrutura bastante focada no tratamento de pacientes com aids.

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