quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Vacina da poliomielite será injetável

O Ministério da Saúde vai substituir a vacina oral contra a poliomielite, a Sabin, pelo imunizante injetável. O motivo da troca, que já ocorreu em outras partes do mundo, é que a forma injetável é produzida com o vírus morto, ou inativado - portanto, mais segura.

Oficialmente, o Ministério não tem prazo para o início da transição, mas divulgou informe técnico para as secretarias estaduais de Saúde, alertando para a mudança em 2012. O documento recomenda ações intensificadas de imunização de modo a alcançar coberturas vacinais de no mínimo 95% e promete a apresentação da nova estratégia para este semestre.

A Sociedade de Imunizações já esperava essa troca há muito tempo e vinha recomendando o uso da vacina inativada. "É uma mudança que ocorreu em todos os países desenvolvidos, mas não é uma alteração simples", afirma a médica Isabella Ballalai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim-RJ).

Matéria publicada na Veja

A vacina oral contra a poliomielite é feita com o vírus atenuado. Apesar de raro, há o risco de infecção por esse vírus, que provoca a pólio vacinal - causada pela própria vacina. "É preciso ressaltar que o benefício da pólio oral é muito grande. A poliomielite é uma doença transmissível, que incapacita e até mata. Mas há o risco de 1 caso para 800.000 doses de provocar a pólio vacinal. Se nós temos uma vacina mais segura, devemos usá-la", defende Isabella.

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