Segundo o projeto, conta Lima, toda escola deverá optar por uma entre quatro áreas de atuação: ciência, tecnologia, cultura e trabalho. Escolhida a ênfase, a instituição montará um currículo próprio de forma a dar mais espaço a disciplinas afins. Nenhuma matéria da base nacional comum, como português e matemática, poderá ficar de fora, mas a carga horária poderá esticar ou encolher, segundo a ‘vocação’ da escola.
Atualmente, a carga mínima no ensino médio é de 2,4 mil horas, divididas na base comum e na parte diversificada. O aluno tem de cumprir 75% dessa carga horária com as disciplinas tradicionais e os outros 25% na parte diversificada, com conteúdo definido a critério da escola. As novas diretrizes preveem que, além do tempo que já é eletivo, a escola possa adequar as disciplinas da base comum de acordo com seu interesse.
Na escola que optar por dar ênfase à cultura, por exemplo, terão prioridade disciplinas como história, português e geografia. Isso não significa que matemática será sairá do currículo, mas que perderá espaço na grade. Em vez de quatro aulas de matemática e duas de história, o colégio poderá inverter essa equação.
Mesmo a carga mínima das disciplinas de base comum será ministrada sob medida. Na área de cultura, as aulas de português podem enfocar manifestações literárias e movimentos musicais. A mesma disciplina, na escola que escolheu dar ênfase à ciência, vai tratar prioritariamente de interpretação de textos científicos.
“São possibilidades que já existem na legislação. Queremos mostrar que a escola pode definir o seu destino”, afirma Lima.
A escolha da ênfase, segundo o relator, deve respeitar as características dos alunos da região e as instalações físicas. Se o estudante não estiver satisfeito, deve procura outra escola. É o caso, por exemplo, de um aluno que quer estudar Medicina e mora próximo a uma escola que dá ênfase à cultura.
Noticia publicada no JT
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