Em até dois meses, a cidade do Rio começará a dar destino adequado às 9 mil toneladas de lixo que produz por dia. Com o início parcial da operação do aterro sanitário de Seropédica, a 60 quilômetros da capital fluminense, o município terá instalações próprias para o acúmulo de resíduos, com sete camadas de impermeabilização do solo e mecanismos de geração de energia a partir de gás.
A instalação do novo aterro se arrastou por oito anos, em uma batalha pela escolha do local, concessão de licenças e criação de uma estrutura de segurança de padrão internacional.
Segundo a prefeitura do Rio, não há risco de contaminação de lençóis freáticos. "Vamos gastar de R$ 80 milhões a R$ 100 milhões por ano para dar essa solução ao lixo do Rio, mas é um investimento ambientalmente correto", disse o prefeito Eduardo Paes (PMDB).
Cerca de 300 sensores vão identificar vazamentos. O chorume (líquido tóxico gerado pela decomposição do lixo) será tratado e dará origem a água de reúso, com aplicação em processos industriais. A vida útil prevista do aterro é de até 25 anos.
Apesar de o sistema ser considerado adequado, o professor Claudio Mahler (Coppe/UFRJ) afirma que o Brasil ainda precisa recuperar 20 anos de atraso no aprimoramento da gestão de resíduos. "Países europeus já estão começando a abandonar a tecnologia de aterro, ao ampliarem técnicas de reciclagem, compostagem e geração de energia." Segundo o IBGE, só 27,7% das cidades brasileiras depositam seu lixo em aterros adequados.
Com o centro de Seropédica, o aterro de Gramacho, em Duque de Caxias - inadequado e saturado - será fechado. O novo aterro será administrado por um consórcio que gastou R$ 400 milhões para a construção e prevê despesas de R$ 100 milhões por ano com a operação.
Leia na íntegra no Estadão
sexta-feira, 18 de março de 2011
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