quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Mais poluente, termelétrica ganha peso na matriz energética

Estudo do Ipea prevê que nos próximos três anos a participação das usinas à base de combustíveis fósseis deve passar dos atuais 17,7% para 23,1%

Com a construção de 122 novas usinas, as termelétricas à base de combustíveis fósseis devem aumentar sua participação na matriz de energia elétrica brasileira de 17,7% para 23,1% nos próximos três anos. Enquanto isso, a participação das hidrelétricas deve cair de 72,5% para 64,4%, mesmo com a construção de 311 novas usinas. Como resultado, a matriz brasileira, frequentemente elogiada por explorar fontes renováveis, deve aumentar sua dependência de recursos não-renováveis e mais poluentes, como petróleo e gás. Os dados constam de estudo divulgado nesta terça-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O Brasil tem atualmente a matriz energética com menor nível de emissão de gases de efeito estufa entre os países industrializados. As fontes renováveis representam 45,9% da oferta de energia interna do Brasil, uma média muito superior à do resto do planeta, de apenas 12,9%. Isso faz com que o consumo médio no país seja de 1,34 tonelada equivalente de petróleo por ano (tep), muito abaixo dos países desenvolvidos, que é de 4,69 tep, e também abaixo do consumo mundial, 1,78 tep. Mas a previsão é de que o consumo de fontes fósseis no país aumente dos atuais 1,34 tep para 1,49 tep, seguindo tendência mundial apontada pela Agência Internacional de Energia. “Estamos em posição de vanguarda com relação a outros países, o que não significa, contudo, que estejamos no padrão ideal no aspecto da geração de energia”, diz Gesmar Rosa, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea.

Leia na íntegra na Veja



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