segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O que fazer para recuperar e preservar a vida marinha?












No lançamento da edição especial Oceanos, da National Geographic, no dia 3, em São Paulo, o biólogo marinho Otto Gadig e o fotojornalista Luciano Candisani – acompanhados por Lawrence Wahba, documentarista – deram ótimos exemplos para recuperar e preservar os oceanos e suas espécies. Alguns são muito simples: dá pra começar a colocá-los em prática agora!

O especial Oceanos, da revista National Geographic, lançado no último dia 3, conta a história de exploração dos mares, destaca os problemas que os mares e sua fauna e flora vêm sofrendo com a degradação ambiental. E claro que, fiel à sua linha editorial, termina com uma mensagem de esperança: ainda é possível fazer muito para salvar esta importante fonte de vida para a humanidade.

Para celebrar este lançamento, reunir leitores fiéis à revista e levantar algumas questões importantes, promovemos um encontro na Livraria Fnac/Pinheiros, em São Paulo, para o qual convidamos especialistas bastante atuantes, que integram a equipe de consultores da revista NG e do Planeta Sustentável:
- Luciano Candisani, fotojornalista, colaborador assíduo da revista NG e conselheiro do Planeta Sustentável e
- Otto Gadig, biólogo marinho, professor doutor da Unesp, consultor científico e conselheiro da National Geographic.

Na abertura do encontro, ressaltei a importância de um debate como este, não só pelo tema em si, mas também por conta da realização e do resultado da Conferência da Biodiversidade, em Nagoya, no Japão, de 18 a 29/11, que terminou com certo sucesso – em comparação com a COP15, Conferência do Clima. realizada em Copenhague, em dezembro de 2009. Os países participantes assinaram o tão aguardado Protocolo de Nagoya (que contempla a repartição de benefícios) e criou um plano estratégico para o período de 2011 a 2020. Matthew Shirts, redator-chefe da National Geographic, também coordenador do Planeta Sustentável, não pode participar do bate-papo desse dia por estar em merecidas férias depois de acompanhar as negociações dessa conferência (COP10), in loco.

Candisani foi o primeiro convidado a falar. Destacou o trabalho desenvolvido pela publicação com seus colaboradores e comentou sobre o projeto de recuperação da espécie Peixe-Boi, na Paraíba, que, há trinta anos, foi considerada extinta (o tema é capa da edição de novembro da revista). Esta é uma prova de que é possível reverter situações que parecem perdidas na natureza, ou seja, recuperar ambientes degradados e fazer a vida pulsar ali novamente.

Em seguida, Candisani mostrou slideshow com três trabalhos publicados na revista, que retratam parte da biodiversidade marinha e terrestre que ele bem conhece: Peixe-Boi (edição que está nas bancas), as espécies da reserva biológica do Atol da Rocas, no Rio Grande do Norte e o Albatroz-de-sombrancelha.

Espirituoso, Otto Gadig iniciou sua fala desculpando-se pela falta de imagens tão belas e notícias tão auspiciosas como as de Candisani e já avisou que sua intenção, ali, era provocar os ouvintes e denunciar a crueldade praticada contra os tubarões no Brasil. Ele é um dos maiores especialistas no assunto no país e fala com paixão e pesar sobre o tema.

A riqueza do debate veio justamente da apresentação de realidades tão antagônicas e da mensagem que ficou: a situação dos oceanos é precária e já está impactando barbaramente nossas vidas.

*Legenda: Otto Gadig, Lawrence Wahba e Luciano Candisani, logo após o bate-papo sobre preservação dos oceanos, em São Paulo

Para ler na íntegra

Fonte: Planeta Sustentável

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