sexta-feira, 27 de agosto de 2010

As saídas para os resíduos urbanos

No Brasil, o desafio é igual para todos: encontrar uma saída para os resíduos. Há solução para esse problema? A resposta é sim, dá para melhorar muito, mas, para isso, é preciso a participação da sociedade e um trabalho sério dos governantes, senão, tudo continuará na mesma.

A cidade de Santo André passa atualmente por um dilema: ampliar o aterro sanitário do município, para que continue em operação, ou transferir a destinação dos resíduos para um aterro particular. O espaço do aterro que recebe os resíduos é de 217 mil m² e está com os dias contados. O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), autarquia responsável pelo gerenciamento do local, vem tentando a liberação de uma área de 6.357 m², dentro do próprio aterro, para continuar recebendo resíduos sólidos por mais seis meses, aproximadamente. "Caso não venha a liberação da primeira área almejada [de 6.357 m²] em tempo hábil, o Semasa está preparando um edital para contratação de um novo aterro, mas ainda acredita que a resposta da CETESB virá dentro do prazo que extingue a capacidade do aterro público", explica o diretor de resíduos sólidos do Semasa, Antonio Carlos Dias de Oliveira.

Enquanto isso, a autarquia apresentou um outro projeto de ampliação, proposto pelo Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA), que sugere a utilização de uma outra área do local, para que o aterro continue em atividade por até 13 anos.

Essa questão tem dividido opiniões na cidade. Há os que são contra a ampliação e os que são favoráveis a ela, mas não é só esse o cerne da questão. Essa discussão está em pauta porque uma decisão emergencial se faz necessária, já que o problema está à porta dos administradores públicos. No entanto, paralelamente ao tema, governo municipal e sociedade civil devem ampliar o debate para encontrar soluções a longo prazo para a questão dos resíduos urbanos - uma vez que todo aterro terá, um dia, a sua capacidade esgotada. O diretor de resíduos sólidos conta que o Semasa estuda novas tecnologias empregadas em diversos países para racionalizar o sistema de armazenamento de lixo. "A intenção é tornar o aterro um ativo do município, gerando receita com o aproveitamento de seus recursos próprios, como energia, por exemplo", completa.

Com o avanço das pesquisas no setor, é certo que existem muitas possibilidades para que se encontre uma solução para os resíduos; mas não podemos nos esquecer de que, quando essa questão é ampliada para outros municípios brasileiros - menores e com menos recursos -, a realidade é bem diferente do que se espera. São pouquíssimas as cidades com aterros controlados e o lixo acaba sendo descartado sem nenhum cuidado, em terrenos a céu aberto. E o pior: isso expõe ao risco a vida de muitas pessoas que tiram desses locais o seu sustento.

NOVAS ATITUDES

Antes de encaminhar os resíduos para um aterro, é preciso lembrar que existem outras etapas que, se forem cumpridas por todos, melhorarão muito a questão dos resíduos urbanos. Adotar a prática dos 4 Rs, por exemplo, é uma saída que pode ser muito eficaz, já que o problema começa com a nossa geração diária de lixo. Especialistas afirmam que cada brasileiro pode produzir até um quilo de resíduos por dia! Então, o primeiro passo é colocar em prática o primeiro R, que é o Repensar, ou seja, observar as atitudes quanto à geração de resíduos e procurar mudar o que for possível.

Fazendo isso, automaticamente o segundo R passa a ser incorporado, que é o Reduzir. Ao recusar embalagens desnecessárias e evitar a compra de itens por impulso, a dica é colocada em prática facilmente.

Em seguida, vem o terceiro R, que significa Reutilizar. Embalagens, papel, sacolas, frascos, potes e até cascas de alimentos podem ter a vida útil prolongada. Seja para o uso doméstico, culinário ou mesmo para a confecção de peças artesanais. As opções de reutilização são infinitas: vai depender da criatividade de cada um.

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Fonte: Portal da Sustentabilidade

Um comentário:

  1. O Primeiro passo e colocar em prática a participaçâo da sociedade na coleta seletiva.

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