quinta-feira, 17 de junho de 2010

Trânsito de SP elimina evolução ambiental dos carros












Além da rotina diária de embreagem-primeira marcha-ponto morto, o paulistano enfrenta agora um período maior de exposição à poluição atmosférica. Quanto maior a lentidão dos veículos, mais gases poluentes são lançados no ar. A conta é simples, mas o perigo nem sempre é visível. Trata-se das micropartículas de poeira, um dos principais vilões do ar paulistano e o tipo mais maléfico ao organismo humano.

Medindo apenas 0,0025mm, elas resultam da combustão incompleta de combustíveis fósseis utilizados pelos veículos automotores e formam, por exemplo, a fuligem preta em paredes de túneis e latarias de carros. "Uma via de tráfego pesado é como uma chaminé de fábrica", diz Saldiva. "Seus níveis de poluição são até três vezes maiores que em outras vias mais tranquilas da cidade".

Apesar do dano que esse material impinge à saúde, a legislação brasileira ainda não dispõe de critérios para estabelecer o controle das emissões desse poluente. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a concentração de material particulado fino não ultrapasse os 10 microgramas por metro cúbico. Já os padrões dos EUA recomendam 15 microgramas por metro cúbico. Na média, São Paulo mantém índice de 15 a 20 microgramas por metro cúbico nos últimos dois anos.

Esse cenário é um composto explosivo para a saúde pública. Imperceptível a olho nu, o material particulado não encontra barreiras físicas: afeta o pulmão e pode causar asmas, bronquite, alergias e outras graves doenças cardiorrespiratórias. Em dias de alta contaminação do ar, o risco em São Paulo de morte por doenças respiratórias e cardiovasculares aumenta entre 12% e 17%. As internações hospitalares aumentam em até 25%, e as pessoas mais atingidas são idosos e crianças.

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