sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Luz na dose certa


Um bom projeto de iluminação começa com soluções de arquitetura que dispensam o uso de lâmpadas durante o dia em todos os ambientes da construção

Na certificação LEED, para edifícios sustentáveis, ganha ponto quem privilegia a luz natural. "Além de econômica, é também mais saudável para os usuários", diz Renato Garcia, diretor da consultoria Sustentax, de São Paulo. Mas não dá para exagerar. "Luz natural significa entrada de calor. Não faz sentido ter claraboias ou fachadas de vidro se o interior ficar quente e pedir ar-condicionado, que consome até três vezes mais energia por metro cúbico", pondera Guinter Parschalk, designer de iluminação com escritório em São Paulo.
Do mesmo modo, a escolha da lâmpada depende do ambiente. Ao serem ligados, os bulbos compactos têm um pico de consumo de energia 50% maior do que no restante do período em que permanecem acesos. Por isso, explica Guinter, em locais de uso rápido, como despensa ou lavabo, prefira as incandescentes - que, além disso, possuem um ciclo de vida menos impactante (porque não contêm mercúrio e sua reciclagem é mais simples).

PARA UM PROJETO MAIS ECOLÓGICO
A melhor estratégia é integrar as propostas de arquitetura e iluminação. "Fuja de soluções pontuais que podem se contrapor", diz Renato Garcia. Confira algumas dicas: • Privilegie a luz natural, mas dose as aberturas para não exagerar no ganho de calor. • Escolha as lâmpadas conforme o uso de cada ambiente. Considere tempo de permanência, atividades e conforto • Leds são mais ecológicos, porém custam caro. Em áreas de difícil acesso, como piscinas, valem a pena pela baixa manutenção, alta eficiência e durabilidade. • Revestimentos influenciam a iluminação. Cores claras refletem luz, ao passo que as escuras tornam o ambiente mais aconchegante.

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